13/03/2018

APOSTILA DE EXERCÍCIOS


RECORTAR E COLAR PARA RESPONDER

NO CADERNO


1 A CIÊNCIA NUMA ABORDAGEM HISTÓRICO-CULTURAL E SUA IMPORTÂNCIA NO ENSINO


1.            Qual o conceito de ciência?
2.            Quais elementos ou fatores podem influenciar o desenvolvimento da ciência?
3.            Como se deram na história, os primeiros conhecimentos da humanidade?
4.            Explique e exemplifique o conhecimento mitológico.
5.            Na história da ciência, pesquise sobre o elixir da vida e a pedra filosofal.
6.            A ciência moderna surgiu a partir do Séc. XVII com o desenvolvimento do método científico. Qual a importância? Diferencie método científico dedutivo de indutivo e numere seus 5 passos básicos.
7. O tema “teoria da evolução” tem provocado debates em certos locais dos Estados Unidos da América, com algumas entidades contestando seu ensino nas escolas. Nos últimos tempos, a polêmica está centrada no termo teoria que, no entanto, tem significado bem definido para os cientistas. Sob o ponto de vista da ciência, teoria é:
(A) Sinônimo de lei científica, que descreve regularidades de fenômenos naturais, mas não permite fazer previsões sobre eles.
(B) Sinônimo de hipótese, ou seja, uma suposição ainda sem comprovação experimental.
(C) Uma ideia sem base em observação e experimentação, que usa o senso comum para explicar fatos do cotidiano.
(D) Uma ideia, apoiada no conhecimento científico, que tenta explicar fenômenos naturais relacionados, permitindo fazer previsões sobre eles.
(E) Uma ideia, apoiada pelo conhecimento científico, que, de tão comprovada pelos cientistas, já é considerada uma verdade incontestável.
8. Ao examinar um fenômeno biológico, o cientista sugere uma explicação para o seu mecanismo, baseando-se na causa e no efeito observados. Esse procedimento:
01. Faz parte do método científico.
02. É denominado formulação de hipóteses.
04. Deverá ser seguido de uma experimentação.
08. Deve ser precedido por uma conclusão.
Dê como resposta a soma dos números das asserções corretas. (_____)
9. A partir das informações dadas, enumere as informações, em ordem sequencial, de acordo com as etapas do método científico:
(    ) Conclusões
(    ) Possíveis respostas para a pergunta em questão (hipótese)
(    ) Etapa experimental
(    ) Dúvida sobre determinado fenômeno da natureza
(    ) Levantamento de deduções

2 AS CONCEPÇÕES NATURALISTA E CRIACIONISTA NA EXPLICAÇÃO DA VIDA E SEUS FENÔMENOS

1) Relacione as teorias levantadas ao longo da história da ciência e da própria humanidade:
a. Criacionismo       (     ) as espécies não sofrem modificações e são assim desde a
                                               criação
b. Abiogênese         (     ) a vida surgiu de reações químicas dos gases da atmosfera
                                               primitiva
c. Biogênese            (     ) todas as coisas teriam uma finalidade intrínseca visando à
                                               perfeição
d. Panspermismo    (     ) uma explosão de matéria super concentrada deu origem ao
                                               universo
e. Fixismo                 (     ) a animação da matéria parte de um princípio vital inerente
                                               aos seres vivos
f. Naturalismo           (     ) a vida evoluiu a partir de microrganismos vindos do espaço
em meteoros
g. Big Bang               (     ) um ser vivo somente pode existir a partir de outro
                                               preexistente
h. Animismo             (     ) a vida surge da matéria bruta do meio a partir de um
                                               princípio vital
i. Vitalismo                (     ) os seres são obra da criação divina

j. Finalismo               (     ) os seres eram animados naturalmente pela própria existência

3 CONCEPÇÕES REDUCIONISTAS: A INFLUÊNCIA DO MECANICISMO NA EXPLICAÇÃO DOS FENÔMENOS NATURAIS

1. Complete com as correntes filosóficas que influenciaram o desenvolvimento da ciência corretas segundo as sugestões a seguir:
EMPIRISMO – REDUCIONISMO – MARXISMO – MECANICISMO – BEHAVIORISMO – DETERMINISMO – RACIONALISMO – POSITIVISMO
a. Baseia-se no método científico como forma confiável de busca ao conhecimento _____________________
b. Privilegiava as relações materiais como base explicativa das mudanças sociais _____________________
c. A redução dos fenômenos é regida por um sistema mecânico que só podem ser compreendidos se forem conhecidos os fenômenos que o antecedem e sucedem ______________________
d. Os fenômenos podem e devem ser separados, classificados, reduzidos em suas menores partes, estas, irredutíveis _______________________
e. Há uma relação estímulo – resposta entre os fenômenos nas áreas do comportamento humano _______________________
f. O conhecimento é oriundo de experiências vivenciadas no cotidiano ____________________
g. A razão é a verdadeira fonte do conhecimento _______________________
h. Tudo funciona de acordo com leis exatas. Os fenômenos são determinados por uma relação de causa e efeito _____________________

4 A CONCEPÇÃO SISTÊMICA: A TENTATIVA DE UMA VISÃO UNIFICADORA DA RELAÇÃO HOMEM-NATUREZA

ATIVIDADE 2 – RESPONDA

1. Cite exemplos de conteúdos e atividades que podem ser desenvolvidas de modo:
  1. Multidisciplinar:
  2. Interdisciplinar:
  3. Transdisciplinar:
  4. Pandisciplinar:

Obs. Não esquecer de justificar porquê se enquadram em cada modelo pedagógico.
5 CARACTERIZAÇÃO DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO: RELAÇÃO EXISTENTE ENTRE SENSO COMUM E CONHECIMENTO CIENTÍFICO

1.    O que caracteriza o conhecimento em si?
2.    Produza uma tabela comparativa entre o senso comum e o conhecimento científico.

6 UNIDADE INDISSOCIÁVEL: CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ÉTICA

1. Busque os conceitos abaixo e depois exemplifique descrevendo a relação entre eles:
A. Ciência     B. Tecnologia    C. Ética    D. Moral     E. Cultura       F. Sociedade


7 POR QUE ENSINAR CIÊNCIAS?

1.    O que significa dizer que é preciso analisar e discutir criticamente os objetivos e a importância do ensino de ciências?
2.    Por que ensinar ciências no Ensino Fundamental?
3.    O que é a forma linear da construção dos conceitos curriculares? Qual sua implicação no processo ensino-aprendizagem?
4.    Quais as 3 grandes áreas das Ciências e seus respectivos focos de interesse?
5.    Cite aspectos do cotidiano em que vivenciamos diretamente a Biologia, a Química e a Física.
6.    De que modo é possível buscar conteúdos dentro do mundo em que a criança vive e brinca?
7.    O que caracteriza a construção do saber científico?
8.    Como romper com o distanciamento entre a teoria e a prática que se perpetua no ensino de ciências?

8 TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA

1.    Por que a ciência produzida pela escola não é a mesma produzida pelos cientistas?
2.    O que é a transposição didática?
3.    Qual o papel do professor no processo de transposição didática?
4.    Quando se faz necessária a estruturação das disciplinas científicas?
5.    Como é possível ensinar sob outra ótica que não implique em puro repasse de informações?
6. Pesquisar em uma revista científica um assunto de interesse atual e seguindo as orientações e aprendizado a partir do texto, fazer a transposição didática dos conteúdos e conceitos expostos pela matéria escolhida, desenvolvendo um plano de aula seguindo o modelo fornecido, detalhando as atividades a serem desenvolvidas.

9 A GÊNESE DOS CONCEITOS CIENTÍFICOS E O ENSINO DE CIÊNCIAS: A FORMAÇÃO DOS CONCEITOS CIENTÍFICOS NA CRIANÇA

1.    Como se processa a formação dos conceitos científicos na criança?
2.    Qual a relação entre linguagem e ciência?
3.    Diferencie e exemplifique o conhecimento cotidiano e o conhecimento científico no movimento de construção dos significados para a criança.
4.    Qual o papel da escola e do professor no processo de construção do conhecimento científico?
5.    Defina os elementos que compõem os conceitos:
a.    extensão –
b.    conteúdo –

10 CONSIDERAÇÕES SOBRE O ENSINO DE CIÊNCIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

1. Explique o conceito de espontaneísmo curricular aludido no texto.
2. Redefina com suas palavras o que se espera que o professor de educação infantil seja capaz em relação aos procedimentos para definição didática e curricular das atividades a serem desenvolvidas com as crianças.
3. Exemplifique praticamente as habilidades a serem desenvolvidas nas crianças nos aspectos:
a. conceituais
b. procedimentais
c. atitudinais
4. Leia com atenção a parte final do texto e analise comparativamente quais aspectos diferenciam os objetivos do ensino de ciências nas diferentes faixas etárias propostos pela BNCC.
5. Explique a concepção de que as crianças são seres sociais, psicológicos e históricos. A qual corrente pedagógica esta concepção está associada?

11 Educação humanitária

1. Após o seminário dos textos alusivos a esta corrente pedagógica, conceitue o vocabulário para educação humanitária
a.    Antropocentrismo –
b.    Ecocentrismo –
c.    Biocentrismo –
d.    Especismo –
e.    Biocídio –
f.     Genocídio –
g.    Coprofagia –
h.    Senciência –
i.      Vegetarianismo –
j.      Ovolactovegetarianismo –
k.    Veganismo –
l.      Abolicionismo –
2. Como formularia com suas palavras o conceito de Educação Humanitária aplicada ao ensino de Ciências?
3. No que a Educação Humanitária difere da Educação Humanista?

12 LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS, SAÚDE E MEIO AMBIENTE

1. Explique os conceitos:
a. Transversalidade no ensino de ciências
b. Antropocentrismo
c. Multidisciplinaridade no ensino de ciências
d. Ecossistema
2) Quais os 2 elementos que se transferem entre os seres vivos a cadeia alimentar? ___________________e___________________. Represente-a escrevendo nos retângulos os nomes dos “seres vivos” e nas linhas abaixo os seus “níveis tróficos” neste processo.

3) O que são os ciclos biogeoquímicos da natureza? Cite exemplos.
4) Qual a relação prática das tecnologias em relação ao meio ambiente e à saúde?
5) Elabore uma parágrafo que explique e exemplifique o conceito de qualidade de vida e hábitos e atitudes necessárias para que aconteça.


13 O CURRÍCULO DISCIPLINAR E OS PROJETOS DE ENSINO INTERDISCIPLINARES

1.    O que é um currículo disciplinar?
2.    Quando se faz necessário trabalhar um conteúdo disciplinar de modo interdisciplinar?

14 SEXUALIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL

1) Qual a importância de trabalhar questões de sexualidade desde a infância pela escola?
2) No que a sexualidade na infância é diferente da idade adulta?
3) Quais os papeis das instituições nas questões de sexualidade na educação das crianças?
a. mídia
b. família
c. escola
d. estado
e. sociedade

02/03/2018

LIVRO APRENDENDO INTELIGÊNCIA


RECUPERAÇÃO PARA QUEM PRECISAR

Entregar em TC Simples

RESCENÇÃO CRÍTICA DO LIVRO
“APRENDENDO INTELIGÊNCIA”
1.     Faça uma breve biografia do autor e por que escreveu este livro.
2.     Por que ele considera:
a.         A inteligência o bem mais escasso do séc. XXI;
b.         Errado estudar para tirar boas notas.
3.     Explique com suas palavras a analogia do autor entre o cérebro humano e um computador.
4.     Descreva brevemente as ideias do autor nas dicas que dá sobre estudar quanto a:
a. Por que estudar?     b. Quando estudar?
c. Quanto estudar?      d. Como estudar?
5.     O que é inteligência? Descreva as inteligências múltiplas citadas pelo autor.
6.     Cite e explique os 5 passos para ser inteligente propostos pelo autor.
7.     Analisem as 3 categorias de alunos propostas pelo autor e cada integrante do grupo deve citar individualmente com qual se identifica e por quê.
8.     Segundo o autor, deficiência mental é diferente de deficiência neurológica. Explique.
9.     Façam uma análise crítica apontando aspectos positivos e negativos encontrados no livro pelo grupo.
10. Quais as respostas corretas das questões do teste lógico no final do livro?


Obs. Não se esquecer de fazer a referência bibliográfica.

27/07/2016

EDUCAÇÃO HUMANITÁRIA



Por: Sérgio Greif  
Seg, 13 de Agosto de 2007
http://www.pensataanimal.net/artigos/43-sergiogreif/136-educacao-humanitaria

Recentemente tive a oportunidade de assistir a uma interessante palestra do professor Vinicius Signorelli, da Sangari do Brasil, onde importantes questões educacionais foram abordadas. Em sua exposição, o professor tratou de algumas problemáticas do ensino que tive a oportunidade de experimentar na qualidade de estudante e, mais tarde, na qualidade de educador.
Um dos pontos mais importantes, ao meu ver, era a questão da necessidade de transmissão de todo um conteúdo programático em determinado espaço de tempo. Meu professor de química do ginásio provavelmente tinha a noção de que não adiantaria tentar nos ensinar sobre ligações químicas logo na segunda aula, após nos haver ensinado sobre os modelos atômicos, porque não havíamos ainda compreendido aquela primeira parte da disciplina. E antes que pudéssemos compreender essa segunda aula, já estávamos aprendendo sobre funções inorgânicas, cálculo estequiométrico ou massa atômica. É possível que eu só tenha começado a entender o conceito de átomos nas duas últimas aulas do ano, que eram sobre química orgânica.
O mesmo problema tive de enfrentar em outra posição, quando me tornei professor em um cursinho, porque todo o conteúdo de 2º grau de biologia precisava ser transmitido aos estudantes em um ano, estivessem eles entendendo a matéria anterior ou não. Por mais que as aulas fossem transmitidas em um tom informal e houvesse um plantão para tirada de dúvidas, o conteúdo da disciplina precisava ser decorado, não apenas compreendido. E afinal, não podemos explicar porque que um estudante de segundo grau que prestará vestibular para a faculdade de letras precisa saber sobre a função do retículo endoplasmático ou calcular quais as forças atuando sobre um carrinho correndo sobre uma mesa. Porque mesmo que ele decore essas coisas para passar no vestibular, é provável que logo as esqueça.
O ensino de ciências deveria incitar a curiosidade científica dos estudantes, e não apenas fazê-los decorar tabelas e esquemas. Entender o que precisa ser aprendido só acontecerá quando o aluno despertar interesse pelo assunto e conseguir realizar conexões entre os diferentes fenômenos. A ciência se encontra de tal forma desvinculada dos outros campos de conhecimento, distante de nossa realidade, que a maioria de nós se sente incapaz de associar os eventos cotidianos à pratica de aprendizado de ciências.
Mais do que receber toda uma carga de conhecimentos que ele provavelmente não é capaz de absorver, o estudante precisa ter a ciência em seu cotidiano, precisa ser capaz de interpretar sua realidade à luz do raciocínio científico. E, mais do que isso, o ensino de ciência não deve se limitar ao seu campo de atuação, mas se estender a outras áreas.
É fato que o conteúdo transmitido pelo educador interfere no cotidiano do estudante. É desejável que essa interferência ocorra, mas somente quando ela for positiva. A história mostra que a ciência pode ser usada tanto para bons quanto para maus fins. O uso, a inclinação que se dará para ela, em muito depende da educação que o cientista em formação recebe, não apenas no que se refere às questões diretamente abordadas enquanto conteúdo explícito, mas também todo o conteúdo transmitido mediante o currículo oculto.
E por "currículo oculto" entendamos todos os valores que são transmitidos aos estudantes, impregnados no conteúdo da disciplina ou na forma como esse lhes é transmitido. Esses valores acabam por moldar o caráter dos estudantes, influenciando suas atitudes para com seus colegas, sua família e a comunidade.
Muitas vezes o currículo oculto passa despercebido aos olhos do professor. Uma frase mal colocada ou uma informação omitida e aquela simples aula sobre evolução darwinista acaba inspirando sentimentos racistas. Em outras ocasiões, é nítido que o currículo oculto é propositalmente inserido dentro do contexto, com vistas a transmitir uma mensagem subliminar. E o caso da utilização didática de animais, onde a mensagem de que animais são recursos ou de que tudo é permitido em nome da ciência parece ser ainda mais importante do que aprender anatomia interna da minhoca.
Cabe ao educador estar atento, porque mais do que ciência, ele está ensinando valores; Cabe à sociedade estar atenta, porque mais do que formar possíveis cientistas, as escolas formam cidadãos. Nesse contexto cabe falar sobre a "educação humanitária".
A educação humanitária pode ser definida como a educação que incentiva o respeito e a ética para com todos os seres, no contexto do ensino de ciências. Ela não visa apenas a transmissão do conhecimento contido no conteúdo programático, mas também o desenvolvimento de atitudes positivas em relação ás pessoas, aos demais animais e ao meio ambiente.
Há uma ligação direta entre o respeito aos seres humanos e o respeito aos demais animais e ao meio ambiente. É fatídico que o currículo oculto atualmente traga a mensagem de que os animais são recursos, objetos descartáveis, porque uma mensagem que talvez escape a essa programação é a de que seres humanos também são objetos. Não há como evitar que uma coisa leve à outra.
Estudos revelam uma correlação entre a prática de desrespeito contra animais na infância e a prática de crimes hediondos na idade adulta. Crianças que experimentam a violência doméstica com maior freqüência se tornam adultos insensíveis. De igual maneira, crianças que vivenciam a violência contra animais tendem a perder a capacidade de sentir compaixão e passam a desrespeitar outras formas de vida.
No "currículo oculto" das instituições de 2º grau e principalmente nas universidades, há práticas voltadas especificamente para dessensibilizar os estudantes. Por exemplo, estudantes são induzidos a realizar procedimentos em animais agonizando, de forma que se tornem menos sensíveis ao seu sofrimento. Dessa forma, espera-se que isso os capacite a terem "sangue frio" para tratar pacientes humanos agonizando.
O grande problema dessa prática é quando ela dá certo, porque é nítido que há um problema quando um estudante presencia um cão agonizando e não se compadece. O estudante de medicina que vê esse animal como um objeto, como um boneco para realização de procedimentos desnecessários, dificilmente terá uma visão diferente de seus pacientes. Não é a toa que o cenário que encontramos é de uma medicina desumanizada. O paciente que acorre a um consultório particular recebe, na maioria das vezes, um tratamento com alguma dignidade, afinal, ele é um cliente; mas o paciente que acorre a um hospital público não tem o mesmo tratamento, porque o médico o trata conforme aprendeu a tratar.
A educação humanitária, por outro lado, visa formar mais do que médicos e cientistas. Ela visa formar cidadãos responsáveis, éticos, compassivos, sensíveis. Porque é óbvio que um médico que escute seu paciente e de fato esteja preocupado com sua saúde é melhor profissional do que um médico que apenas exercite seu ego fazendo uso de um poder exercido em caráter temporário.
Mais do que um movimento de "proteção às cobaias", esse é um movimento pela qualidade no ensino das ciências, da biologia, da medicina veterinária e humana. E de fato, diversos estudos demonstram que estudantes aprendem melhor através dessas metodologias, porque elas enfocam o conteúdo das disciplinas, não distraindo o estudante com a preocupação de se o animal vai acordar, se ele ainda está respirando, se ele vai morrer etc. Nada ali confronta sua ética ou compaixão, não há conflito, e por isso mesmo, o estudante não tem outra preocupação senão aprender.
As metodologias utilizadas na educação humanitária são as mais variadas, sendo que todas procuram desvincular o estudante da visão de que animais são recursos. Não necessitamos de cães, ratos ou coelhos para entendermos como funciona o sistema circulatório, para isso podemos utilizar atlas anatômicos, livros textos, softwares educacionais, simulações computadorizadas, slide-shows, manequins anatômicos, vídeos, cadáveres de animais obtidos de forma ética, podemos utilizar recursos que permitam que os estudantes estudem o sistema circulatório em seus próprios colegas, de forma consentida, amigável e interativa. Enfim, as possibilidades são imensas e não há porque limitá-las a uma única metodologia, tão discutível e polêmica.
O processo de aprendizado de ciências não precisa ser esse pesadelo desumano, onde as convicções éticas do estudante são a todo momento agredidas pela imposição do conceito de que isso é necessário ou imprescindível, para sua formação. A coação para que os estudantes participem dessas práticas de fato em nada contribui para seu futuro, pelo contrário, os torna sujeitos menos sensíveis e questionadores ou leva muitos à evasão para outros cursos. Com isso a ciência perde, porque deixa de atrair pessoa sensíveis e questionadoras.
A educação humanitária já é praticada em países europeus e nos EUA há muitos anos e não há porque não implementá-la também no Brasil. Dela não se beneficiam apenas aqueles que tem afinidade pelos animais, mas também o indivíduo e a sociedade.

ATIVIDADE 1 – RESPONDA

1. Após o seminário dos textos alusivos a esta corrente pedagógica, conceitue o vocabulário para educação humanitária

a.    Antropocentrismo –
b.    Ecocentrismo –
c.    Biocentrismo –
d.    Especismo –
e.    Biocídio –
f.     Genocídio –
g.    Coprofagia –
h.    Senciência –
i.      Vegetarianismo –
j.      Ovolactovegetarianismo –
k.    Veganismo –
l.      Abolicionismo –

2. Como formularia com suas palavras o conceito de Educação Humanitária aplicada ao ensino de Ciências?

3. No que a Educação Humanitária difere da Educação Humanista?